Espírito Natalício...ou não.

Bem, tinha programado um post para hoje, sobre o espírito natalício e para vos mostrar a Árvore de Natal, que montei ontem. Mas, acreditem, a vida não nos deixa programar nada, nem um post para o blog.

Hoje, pela manhã, tudo mudou e não consigo falar-vos de espírito natalício, num dia que o meu coração devia estar repleto de tons natalícios, ficou pequenino e de tons sombrios, novamente.
Prestes a fazer 2 anos que perdi um dos meus maiores companheiros diários, o meu gatinho. hoje perco um outro companheiro, este de há muitos anos: o meu cachorrinho (será sempre cachorrinho pois era pequenito). Acompanhou-me desde os meus 8 anos... Quando nasceu escolhi-o para meu companheiro por ser uma autêntica bolinha de pêlo e conquistou-me logo, viria a chamar-se Dipsy (devido ao sucesso dos Teletubbies na altura) mas parecia-me demasiado complicado então chamava-lhe algo que se assemelhasse a "Psichie", acabou por ficar "Pitchie". Teve festa de boas-vindas à família, vestido a rigor com fato costurado por mim, no auge dos meus 8 anos. E assim ficou, acompanhando-me durante todos estes anos, em todas as fases da minha vida. Todos os dias, aquela bolinha de pêlo me recebia ao chegar a casa, era o primeiro a receber-me, entrando pelo carro dentro assim que a porta se abria...

Hoje fiquei sem o meu companheiro de 4 patas, sem a minha bolinha de pêlo... Perdi-o às mãos de uma besta insensível que o atropelou sem quaisquer escrúpulos, à porta de casa. E assim o meu espírito natalício esmoreceu, a árvore apagou-se, as decorações pararam, porque se Natal, desde há 2 anos, era época de grande saudade mas com a dor a atenuar um pouco, esta perda tão grande e significativa trouxe à tona todos os sentimentos negativos como a dor e a revolta...
Há pessoas que não compreendem, não entendem porque se valoriza a perda de um animal, porque se chora como se de um familiar se tratasse, porque abala um coração. A essas pessoas só posso dizer: nem todos nascem para amar, nem todos sabem o que são sentimentos. Para mim, eles são membros da família, amam-me e eu amo-os mais que a certos familiares, são parte de mim, da minha vida, estarão sempre no meu coração e farei ao meu bolinha de pêlo o luto que se faz por um ente muito querido.
Agora tenho apenas um companheiro, que irei cuidar e aproveitar cada dia da presença dele, pois a passagem deles e tão fugaz.

Desculpem o desabafo, em breve virá o verdadeiro post de Natal, mas precisava de partilhar este sentimento convosco.