- Tirar uma selfie e fazer upload da foto na página de
Instagram
- Identificar (junto dos lábios) @APAV_apoio_a_vitima
- Adicionar a legenda: Basta que me batas uma vez.
#25novembro
- Partilhar e convidar todos os contactos a participar.Sei que há quem pense que não devemos partir para o insulto pois somos o único animal racional e blá, blá blá... Racional? Onde está a racionalidade nestes seres desprezíveis (não, não consigo ser meiga)? É racional maltratar, insultar e agredir outro ser? Não! Nem tão pouco é racional ver e calar, só porque o homem nasceu para ser o elo mais forte e a mulher para ser o elo mais fraco.
Tudo começa num mar de rosas, depois o primeiro comentário mais insinuador, a primeira expressão mais agressiva, o primeiro gesto mais brusco... Surgem as perguntas: "Onde vais?", "Com quem?", "Quando voltas?" "O que vais fazer?"... Vai passando, porque parece normal, mas lá no fundo começa a surgir a questão de "porque tenho eu de dar tantas satisfações!?". O cerco vai apertando, roupa elegante deixa de fazer parte dos looks diários "porque ele não gosta que os outros me vejam assim", a maquilhagem fica guardada "porque ele acha que me arranjo para os outros", os amigos ficam para trás "porque ele não gosta que saia sem ele", as passwords deixam de ser pessoais "porque ele diz que se não lhe dou é porque não confio nele", o telemóvel começa a sofrer vistorias diárias "porque ele diz que se não mostro é porque tenho algo a esconder". Aos poucos e poucos, o "elo mais fraco" começa a moldar-se às exigências controladoras e mesmo assim, vivendo num mundo fechado e controlado ao segundo, parece sempre que fez algo errado, que a culpa de não resultar é sempre da mesma pessoa.
Baixa-se os olhos na tentativa de ficar invisível, foge-se do vizinho do lado ou do empregado do café porque "se é simpático é porque certamente nos insinuámos a ele", foge-se das amigas que convidam para uma girls night porque "só vão para conhecer homens"...
A auto-estima fica de rastos, perde-se uma identidade, cria-se um corpo vazio por dentro, mecanizado, automatizado, conduzido pelo terror constante. Mas o sorriso mantém-se, para manter a aparência de uma relação perfeita, quando por trás estão as marcas, aquelas que não se vêem, umas porque são interiores e outras disfarçadas pela maquilhagem inicialmente proibida.
Primeiro levanta-se um dedo, de seguida uma mão e essa mão cai como facas, mais do que as facas que espetam o corpo, são facas que espetam a alma.
Para todas as mulheres, apenas uma palavra: Fujam!
Fujam enquanto podem, ao mínimo sinal... Fujam sem, por um segundo que seja, pensar em olhar para trás pois nesse segundo que param a pensar a mão sufocadora vai voltar a agarrar e não é o pescoço que estará a apertar, é a vida, a vossa vida sufocada por uma mão desprezível!
É sempre difícil decidir fugir, seguem-se os pedidos de perdão, depois as ameaças, as perseguições, mas nós, as mulheres, conseguimos ser o "elo mais forte", conseguimos vencer tudo e todos, temos ajuda do apoio à vitima (APAV), temos sempre alguém que abandonámos forçosamente por exigência de alguém mas que não nos abandona quando precisamos de ajuda.
Fujam... não deixem sequer que vos batam uma vez... Basta que tentem moldar a vossa essência, isso também é violência! Fujam...
Bem verdade o que o texto diz, infelizmente existe muito =(
ResponderEliminarAdorei o seu blog e já estou a seguir :)
beijos,
Daniela RC
http://ddocesonhadora.blogspot.pt/
Esperemos que exista cada vez menos...
EliminarMuito obrigada, é muito bom saber. :)
Beijinhos
Optimo post.
ResponderEliminarPARABENS!!!
Beijinho,
http://wordsofsophie.blogspot.pt/
Muito obrigada! :)
EliminarBeijinhos*